A campanha nasce da constatação de um vazio educacional: pais, escolas e cuidadores orientam as crianças sobre perigos do mundo físico, mas ainda há pouca orientação sobre os riscos digitais.
Muito se fala sobre o tempo de tela – e ele precisa ser mesmo discutido por toda a família – mas você sabia que são muitos os fatores que impactam na relação das crianças e adolescentes com o mundo digital? O estudo “Muito além da tela”, organizado pelo Conselho Digital e divulgado em 2024, aponta que as redes sociais são parte integral da vida dos jovens e é preciso levar em consideração aspectos como, por exemplo, tempo de sono, hábitos alimentares, exposição a conteúdos sensíveis e até mesmo o gênero.
Família e escolas precisam estar em sintonia e trazer os jovens para o centro da discussão sobre o uso saudável das plataformas digitais. Não basta proibir o celular nas escolas, é preciso ensiná-los a aproveitar o lado bom da internet e se proteger dos perigos. É comum os adultos dizerem:
“Não entendo nada desses aplicativos.” “Meu filho sabe mais do que eu de celular.”
De fato, as crianças e adolescentes de hoje nasceram digitais. Mas saber mexer no aparelho não significa saber o que é saudável, seguro e ético no ambiente digital.
Seu papel como cuidador é:
Frase para acolher: “Você pode me ensinar como funciona esse jogo? Quero conhecer.”
Confira qual a recomendação de acordo com a faixa etária:
Zero telas, exceto videochamadas supervisionadas. Priorize brincar!
Limite o tempo de tela. Se precisar manter contato com a criança, considere comprar um “dumbphone” (celular básico). Redes sociais não são apropriadas para esta faixa etária.
Intensifique a mediação familiar. Ensine sobre classificação indicativa, privacidade e riscos como vício em jogos, pornografia, cyberbullying e sextorsão.
Dê o exemplo: modere seu próprio uso de tela